terça-feira, 31 de julho de 2012

Um dos elementos positivos que vejo na religião é a crença na vida depois da morte, ou seja, a crença da não perda da consciência de si próprio, mesmo depois da morte do corpo.
Assusta-me pensar que a minha consciência morrerá com o meu corpo. Isso desmotiva-me, claro.
Ao mesmo tempo, sinto que é absurdo pensar que sou alguma coisa de significativo num Universo tão vasto. Sinto que o Ego é um herói, que luta contra a Razão, e que mesmo depois de todos os argumentos que existem e que provam a pouca importância que qualquer um de nós tem no cosmos, ele está lá para nos dizer que nós temos dentro de nós uma luzinha que nos torna relevantes, tornando justificável a criação de deuses à nossa imagem, e justificável acreditar na existência de uma nova vida, depois da vivida.

Para que fique claro, não acredito na vida após a morte. E olho com os meus olhos verdes de monstro para aqueles a quem esta situação é real. Uma coisa é o que se sente, ou o que se deseja sentir, outra é o sabemos, ou achamos saber.

Estou para o meladramatismo hoje. E não me importa mais se pareço arrogante. Até me importo, mas fodam-se. Eu sou arrogante, não somos todos?


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